Vive-se hoje um surto de desenvolvimento verdadeiramente espantoso em Portugal, muito especialmente no que concerne á habitação. Por todo o lado há edifícios em construção.
Obviamente, é bom, pois é a substituição das casas degradadas e sem condições de habitabilidade por espaços vivenciais com condições mais humanas.
Mas… infelizmente, tal não sucede, porque, apesar da imensa oferta, os preços continuam demasiado altos. Dizem que, por as avaliações feitas pelas entidades oficiais serem elevadas o que não permite a natural e devida baixa nos preços de venda por parte dos empreiteiros.
Depois – parece-me, sou um leigo na matéria – está-se a cometer o erro de, em todas (ou quase todas) as construções, se reservarem espaços de rés-do-chão, virem a ser ocupados por estabelecimentos comerciais.
Num tempo em que o “antigo” comércio tradicional fecha portas e deixa inúmeros “baixos” devolutos, milhares de baixos novos, em construção, vão ficar fechados e inúteis.
Será que os Municípios não vêem isto ou será que isso lhes convém economicamente aumentando a receita com a respectiva licença para execução da obra? Não seria bem melhor substituir esses baixos que – de certeza – vão ficar a degradar-se por falta de uso, em espaços habitacionais?
Parafraseando Cristo, sempre digo: «Quem tiver olhos que veja!...»
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