sexta-feira, outubro 19, 2007

Parasitismo

É tido e sabido que sem estudo e sem trabalho ninguém singra na vida, a não ser que fuja aos mais elementares parâmetros de honestidade. Mas, ainda assim, não é fácil. O mundo de hoje não é como antigamente em que bastava ter um olho para se ser rei em terra de cegos. Por isso torna-se claro que é urgente e necessário mudar pensamentos e modos de agir.

O parasitismo não devia ter sentido nas sociedades do século XXI. Só que, lamentavelmente, esse fenómeno e esse flagelo social continuam a massacrar as comunidades, reduzindo o rendimento produtivo global.

Por cada parasita que vive agarrado e à custa do labor dos outros, há, no mínimo, mil pessoas a esfalfarem-se com remunerações de miséria e vergonha, cujo excedente que lhes caberiam acaba por ir parar aos bolsos daqueles que nada, ou muito pouco, produzem e que vivem de barriga forra e, o que é pior, sem escrúpulos de qualquer espécie.

Eu conheço – no passado e no presente – alguns políticos (se é que são merecedores de tal título?) que foram e são verdadeiras sanguessugas do suor dos outros. Mas que, sem que se entenda bem porquê, vivem como nababos e, quando morrem, têm direito a todas as honrarias e a nome numa rua da sua cidade.

E as árvores, a que se agarraram e pelas quais trepam, acabam sempre, por fenecer, ingloriamente, vítimas de asfixia dolorosa e implacável.

Como mudar este repugnante estado de coisas? Que mundo é este em que habitamos?!...

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