Todos os comentários ao que fazemos, dizemos ou escrevemos são bem-vindos, pois nos abrem a mente ao que pensam os outros, permitindo novas aprendizagens (abordagens) a conceitos que, se calhar, de outro modo, talvez nunca nos ocorressem.
A questão, entretanto, que pode surgir é se temos ou não estofo para entendermos e aceitarmos os pontos de vista que nos são propostos.
É, digamos, uma questão – repito esta palavra – de sermos ou não permeáveis e elásticos ao pensamento alheio, pois podemos agradecer, respeitosa e cordialmente, mas não concordar, parcial ou totalmente, com a reflexão e inflexão do outro sobre o que pensamos e, de certa forma, nos marca e nos norteia.
Fazemos isso por educação adquirida, por princípios morais e sociais herdados e, quantas vezes, por crença religiosa incutida na infância e no decorrer da existência, por intermédio do estudo e das experiências a que somos sujeitos hora a hora, dia após dia.
Os comentários – vinco com veemência – são sempre óptimos, porque nos levam a novas visões filosóficas, psicológicas, humanas e teológicas muito úteis ao nosso constante crescimento e evolução social, mental e espiritual. Independentemente de haver, ainda, quem, no homem e no nosso tempo, queira separar a carne da essência, como se o indivíduo fosse duas coisas distintas, em que ambas estivessem tão separadas que não formassem um todo coeso e coerente na unidade original.
Será que o físico vive sem o espírito? E o espírito é alguma coisa sem a matéria?
No ser humano e no plano terreal em que estamos inseridos, bem me parece que é impossível tal dissociação, pois isso será fugir, completamente, ao projecto inicial da Força Universal a que chamamos Deus!
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