Os factos da vida das pessoas são sempre o resultado das suas acções e do seu pensar, muito embora, à partida, haja uma certa, talvez benéfica, dose de mistério e, ou, enigma. É que as ideias e as acções, na sua origem, são, de forma geral, de desfecho desconhecido. Ninguém sabe qual a evolução das coisas, nem, a mais das vezes, como vão terminar.
É, por certo, nessa dúvida que reside o encanto da vida, pois a incógnita gera emoções e reacções que dignificam o Homem, como, por exemplo, a ansiedade e o medo. Isso, por seu turno, leva ao estado de alerta e à tomada, salutar e permanente, de medidas de defesa ou de rectificação dos erros cometidos durante a realização do processo.
È bom, creio, estarmos, como Júlio César, ao entrar na velha Gália, em dúvida e, tal como o Imperador Romano, dizermos: «Álea jacta est!...» (A semente ou sorte está lançada!...)
Ele desconhecia, acredita-se, os perigos que o iriam envolver, mas foi, destemido e, digamos, atrevido e, ao regressar a Roma, conseguiu dizer, com euforia: «Veni, vidi, vici!» (Cheguei, vi e venci!)
Viver é, realmente, estar, constantemente, envolto em mistério quanto ao desfecho dos nossos empreendimentos e é isso que nos anima e dá força a seguir sempre em frente, com entusiasmo e esperança no futuro.
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