quinta-feira, maio 03, 2007

Obesidade

Nestes últimos dias, tem-se falado imenso no flagelo do nosso tempo, ou seja, da obesidade, muito especialmente, da obesidade infantil. E neste caso, para além dos erros alimentares, atribui-se o fenómeno à falta de exercício físico praticado pelos mais novos.

Diz-se que os miúdos já não brincam nas praças, jardins ou parques como acontecia antigamente. O que, de facto, é verdade. Isso sucede porque esses lugares são, hoje em dia, inseguros e os pais, a trabalhar, não podem acompanhar as crianças como era seu desejo. Num passado de trinta, quarenta anos, os lugares de recreio público estavam cheios do riso das crianças a brincarem e das recomendações dos avós que vigiavam as folias infantis.

Então os casos de obesidade nos mais pequenos eram raríssimos. E agora? Por que motivo tal não sucede?

Dizia-me, ontem, minha esposa, com imensa propriedade, justificando este triste estado de coisas: «Os tempos mudaram e mudaram tanto que as crianças ficam todo o dia “enjauladas” nas creches ou nos A. T. Ls, até os pais as irem buscar, depois de saírem dos empregos. Por outro lado, os “velhos” avós encontram-se também “enjaulados” nos lares de terceira idade, onde são “armazenados” como mercadoria sem préstimo porque, em suas casas, seriam um estorvo à vida dos filhos e dos netos.»

É cruel, mas esta é a realidade que se vive e a que ninguém consegue eximir-se!...

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