«Nada (absolutamente nada) é eterno e imutável no Universo!» Tudo morre ou desaparece e tudo se transforma. A eternidade só existe na forma de energia mutável e recuperável. Por esta ou aquela razão ou por esta ou aquela técnica será possível reconstituir algo em vias de perda, mas tal só acontecerá por um tempo restrito, pois tudo terá de voltar a um novo começo ou recomeço, de acordo com o ponto de vista de cada qual.
Vem isto a propósito das novas tecnologias que, há alguns anos atrás eram tidas como a forma perene de guardar os conhecimentos e as memórias dos nossos dias. Sabe-se hoje que, afinal, essa ideia estava e está totalmente errada, já que quer um disco rígido de um qualquer computador, quer um CD ROM, uma antiga disquete, um CD áudio, um DVD, um filme ou qualquer outro suporte magnético de memória têm um tempo de duração que vai pouco além dos cinco anos, perdendo-se, a partir daí, parcial ou totalmente, o seu conteúdo.
Dizia-se, em tempos muito recentes: «o suporte literário em papel tem seus dias contados.» Qual quê?! As bibliotecas com milhares de obras manuscritas ou impressas, apesar do passar dos muitos séculos de existência, continuam e, creio-o, vão continuar a ser a melhor maneira de conservar saber e memória, salvo no caso de se descobrir (a ciência evolui a cada hora) um suporte que seja tão duradoiro quanto o tem sido o pergaminho, o papel, o bronze e a pedra, os quais puderam resistir durante milénios com possibilidade da serem reproduzidos fielmente em conteúdo e em forma.
O novo é bom, mas o velho, por enquanto, continua a ser imbatível e insubstituível!...
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