«Se eu algum dia morrer…» dizia o meu amigo e poeta repentista Azevedo Pinto (Rijo). Por outro lado, meu tio-bisavô António de Lemos – segundo me contou minha avó materna –, dizia que o bom era atingir a primeira machadinha (70) e quando se chega ás duas machadinhas (77), é sinal que se está já de provecta idade.
Começando pelo segundo pensamento, direi que ele me faz feliz, pois me dá um novo estatuto na sociedade. Tornei-me, a partir de hoje que atingi a primeira machadinha, um “ancião”, o que me torna – de acordo com as culturas mais tradicionais – num homem carregado de vivências e, por isso, pleno de sabedoria. Será?
Quanto ao primeiro pensamento – refere-se as questões da continuidade após a morte –, direi que também me satisfaz, uma vez que a minha perpetuidade fica assegurada pelo meu filho e pelos meus escritos, publicados uns, á espera outros da coragem de um editor que os punha acessíveis a público.
Fazer anos é fácil e é bom, todos os anos fazemos um, mas fazer com a alegria de nos sentirmos bem na pele que deus nos deu é, ainda, melhor!
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