Um homem marcha na bruma dos dias e vai convicto que há-de atingir a luz do sol brilhando sobre a água azul do mar.
Se não fosse o sonho a vida seria fastidiosa e melancólica. Nunca haveria um único momento de esperança e não valeria a pena viver. O que dá ao homem força para prosseguir é o pensar sempre que o dia de amanhã irá ser bem melhor do que o de hoje. É a eterna esperança, o perene sonho.
Mas, infelizmente, a realidade não é assim tão linear. Há muitos escolhos pelo caminho, muitas manhãs enevoadas e muito sofrimento para subsistir. E pior que tudo, há também a quebra de paciência na espera do tal lugar ao sol tão desejado por todos e por cada um em especial e surge o desânimo, a frustração, a desistência de ser e de estar. Os divórcios, os suicídios e a perda da auto-estima são uma constante daqueles que já não têm força para lutar e sonhar e ir em frente, sempre na busca da felicidade, que está dentro deles, nem que seja só o lampejo de um brevíssimo instante.
Faz hoje, 4 de Dezembro de 2006, quarenta e um ano que me casei. E não sei quantos mais farei ainda. Mas sei, isso sim, que, apesar de terem sido quatro décadas difíceis, por razões de toda a ordem, continuamos de mão dada a enfrentar as vicissitudes da vida porque o sonho não morreu e continuamos a sonhar com o Sol e com as delícias do seu calor a aquecer o nosso corpo e a nossa alma.
Vamos em frente com muita esperança!
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