terça-feira, dezembro 26, 2006

Ano Novo

Ano Novo, vida nova! – Dizia-se antigamente. Hoje essa asserção parece não ter qualquer cabimento, pois nada é novo e nada nos tranquiliza quanto ao dia de amanhã. Quem ainda tem um emprego não pode pensar em mudar, porque corre o grande – direi – o enorme risco de não voltar a arranjar outro e o desemprego ser o seu indesejado destino.

Ano Novo, vida velha! – Dir-se-á nos dias que vivemos. Porque, de contrário, surgem os medos e as dúvidas do desemprego, da fome, da doença, da incompreensão, da intolerância, da solidão, de falhar nisto ou naquilo e sei lá que mais. O mundo dos nossos dias é feito de medos e de total incerteza.

Sonhar continua a ser fácil, mas concretizar os sonhos é que passou a ser tremendamente mais difícil, se calhar muito mais difícil do que ganhar no “Euro milhões”, pois, aí, anda vai havendo quem consiga obter chorudas maquias, que, a mais das vezes, não sabe gerir.

Ano Novo, vida nova! Sim, na luta pela mudança, pela construção de um mundo sem dúvidas e sem medos, sem fome, sem doença, sem angústias de solidão, sem ódios e sem guerras: um mundo de fraternidade, amor e paz; um mundo – como refere o Apocalipse – «em que a Besta ficará amarrada por mil anos.»

Espero e acredito, convictamente – embora já cá não esteja para ver, porque a irmã morte me levará um pouco antes – que as profecias se vão cumprir integralmente conforme o que está escrito. Eu não sou “velho do Restelo” e creio no futuro e nas novas gerações!

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