terça-feira, setembro 05, 2006

Descriminação

Dói-nos a discriminação, não importa qual o seu tipo, mas dói mais quando ela surge de gente que devia – pela sua instrução e profissão – ser impoluta.

Há tempos, em Lisboa, um médico, Professor Catedrático, negou-se a ver, no seu consultório, uma doente só porque ela se locomovia numa cadeira de rodas. Santo Deus! Onde está a deontologia?! Que é feito do juramento de Hipocrates?! Nesse momento apeteceu-nos gritar, chorar e partir a cabeça contra as paredes, numa raiva de leão moribundo escoiceado por todos os burros do mundo.

Para tal atitude não temos palavras, nem sabemos que comentário fazer e, muito menos, como proceder para denunciar tão vil atitude. Entretanto, uma coisa é certa, não podemos deixar de mostrar a nossa grande revolta e, de forma bem vincada, a nossa dor por sabermos que ainda há gente que não entendeu que os homens são todos iguais e têm todos direito a serem respeitados, tratados na enfermidade, atendidos em todas as circunstâncias e amados de forma geral sem restrições, como pessoas inteiras, independentemente dos seus problemas específicos ou das anomalias físicas ou mentais.

Temos – Deus queira que não estejamos enganados! – (ai!) a certeza que nem todos são como o Professor Neurocirurgião que presta(va) serviço no Hospital de Santa Maria de Lisboa, o qual teve tão ignóbil gesto discriminatório, porque, sabemos que, sem serem Madre Teresa de Calcutá, ainda existem homens e mulheres capazes de se solidarizarem com o seu semelhante, sabendo amar a tudo e a todos por igual. Buda, Moisés, Hipocrates, Cristo, Mahomé e todos os outros grandes condutores e formadores de homens devem, por certo, «lá no assento etéreo onde subiram» ter dado um salto de revolta e de angústia por se aperceberem que, afinal, os seus ensinamentos e exemplos não foram recebidos e seguidos por todos os homens que habitam no conturbado planeta Terra.

Porra, para tudo isto!!!...

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