quinta-feira, março 21, 2013

Em DIA DA pOESIA


Hoje é dia da Poesia
E dos poetas a rimar
- Ai! –, mas não da fantasia
Vã no sentir e sonhar.

Hoje é dia de gritar,
Mil revoltas abafadas,
Por quem não tem pão nem lar
E vive com poucos nadas.

É Primavera e a Poesia
Anda perdida e sem rumo,
Vivendo o Seu dia-a-dia,
Desgostosa e sem aprumo.

– Poetas da nossa Terra,
Mudai o vosso falar
Perdoai ao mundo que erra,
Mas não parai de bradar!

– Quão pobre é a Humanidade
Sem ter solidariedade!!!...f 

domingo, março 10, 2013

O Mérito só no Porvir


Sou tal qual Antóni’ Aleixo,
Canto, sofro e não me queixo.
El’ ‘stava tuberculoso,
Mas seguiu firme e garboso
‘té, um dia, vir a morte
Que mudou a sua sorte,
 Tornando-o mui louvado
Por quem fora desprezado.

Também eu não temo a morte,
Pois já vivo na má sorte
E a cair no esquecimento,
Por não darem valimento
Ao que escrevo nesta vida
– Que passou breve e dorida –
Deixando-me insatisfeito,
Com tal falta de respeito.
Eu sei bem o quanto valho
E não refugo o trabalho,
Todo feito com amor,
Sacrifício e muita dor,
No frenesim criativo
De Homem ainda vivo.

Postumamente direi,
Acreditem, porque sei:
– Sou tal qual Antóni’ Aleixo,
Canto, sofro e sim… me queixo!...

sábado, março 02, 2013

VIRIRO(S)


Um leitor do meu blogue, comentou o facto de, em postagem de há muito tempo, eu ter afirmado que não existiu um Viriato, mas sim muitos “Viriatos” (homens das viris) que chefiavam (e comandavam) os inúmeros clans tribais, espalhados pela Lusitânia, os quais, com ferocidade inigualável, se opunham, através de guerra de emboscada, ao pesado jugo romano.

Dizia ainda esse leitor: «Não diminua o valor do maior guerreiro nascido em Portugal.»
É bem claro e evidente que não desvalorizo coisa alguma, bem pelo contrário, valorizo e muito o mérito desses ilustres chefes lusitanos de quem orgulhosamente descendemos.
Vivam os Homens das viris – nobres e valentes guerreiros Lusitanos!