quarta-feira, setembro 01, 2010

Divagação teológica

«Deus não mente!» - Li, ontem, num panfleto de uma seita religiosa bem conhecida.
Pois não! - Creio eu, com convicção.
Mas os homens que puseram em livro a "palavra de Deus", recebida através da elaboração da sua hipersensibilidade mental, em horas de meditação e êxtase, cometeram e cometem erros de interpretação e, vai daí, aparecer, nos textos bíblicos, a imagem de um Deus, terrivelmente, castigador e perverso.
Diz o povo e bem: «quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto» e esse ponto é, na maioria das vezes, fruto da ignorância do autor, da conjuntura por ele vivida e, infelizmente, do medo que o invadiu antes e pós escrita. Depois há, também, a considerar as imensas edições e traduções dos textos sagrados, ao longos dos tempos que, naturalmente, também adulteraram o sentido das coisas.
A religiosa Teresa do Menino Jesus (Teresa de Lisieux) amava Deus «porque é Amor e Misericórdia» e jamais castigo.
Deus não mente, mas mentem os homens que, "para levarem a água ao seu moinho", o pintam à sua imagem e conveniência.
Ou não será?...

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