«O Maria Cotovia, | fecha as portas com de dia | que vem lá o bicho mau, | que te rói o bacalhau!» - Aprendi em criança esta cega-rega.
Bem longe estava eu, nessa altura, de pensar sequer em lhe dar um qualquer significado ou origem, se não aquele que a interpretação à letra tem. Hoje, porém, verifico que tal cantilena infantil se pode adaptar a quanto nós queiramos, de acordo com o estado de alma em que estivermos no momento de a trauteamos. Podemos usá-la como expressão, alerta e/ou lenitivo de/ou aos nossos, mais humanos e naturais, medos.
Pode-se cantarolar ou cantilar (palavra por mim inventada e que ouso e uso num poema/barcarola) em instantes de angústia e de grande dúvida social, religiosa, política e moral.
Afinal, o Povo não é tão burro quanto alguns o querem fazer. Há - creio-o - mais de duzentos anos que esta lengalenga (possivelmente) infantil, foi criada e, mesmo assim, continua, com tudo e por tudo, perfeitamente actual e utilizável.
E aqui suspendo esta rápida viagem ao meu passado infantil...
Bem longe estava eu, nessa altura, de pensar sequer em lhe dar um qualquer significado ou origem, se não aquele que a interpretação à letra tem. Hoje, porém, verifico que tal cantilena infantil se pode adaptar a quanto nós queiramos, de acordo com o estado de alma em que estivermos no momento de a trauteamos. Podemos usá-la como expressão, alerta e/ou lenitivo de/ou aos nossos, mais humanos e naturais, medos.
Pode-se cantarolar ou cantilar (palavra por mim inventada e que ouso e uso num poema/barcarola) em instantes de angústia e de grande dúvida social, religiosa, política e moral.
Afinal, o Povo não é tão burro quanto alguns o querem fazer. Há - creio-o - mais de duzentos anos que esta lengalenga (possivelmente) infantil, foi criada e, mesmo assim, continua, com tudo e por tudo, perfeitamente actual e utilizável.
E aqui suspendo esta rápida viagem ao meu passado infantil...
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