segunda-feira, outubro 29, 2007

Gostar de ler

A minha infância, adolescência e juventude foi povoada de lendárias personagens livrescas que ficaram guardadas, cobertas com o pó do tempo, no sótão sombrio das minhas memórias, construindo a minha personalidade e moldando o meu carácter.

Foi “Simbad – o marinheiro” das Mil e Uma Noite, de Sherazad; “Quasímodo” o corcunda de Notre Dame, de Alexandre Dumas; o “Capitão Nemo” das 20 000 Léguas Submarinas, de Júlio Verne; “Gavroche” de Os Miseráveis, de Victor Hugo; o “Ichacorvos” de A Última Dona de S. Nicolau, de (creio) Campos Monteiro; o “Principezinho” de Antoine de Saint Exupery e tantos, tantos outros que, no meu consciente e mesmo subconsciente, ainda hoje, sem que disso me aperceba, marcam o meu modo de ser e de estar nesta vida.

Ler, ler tudo era a minha (e de milhares de jovens) ocupação de tempo livre. Não haviam jogos de computador, nem consolas portáteis de jogar. Haviam os cantos e recantos solitários para nos ocuparmos na leitura e a rua para convivermos uns com os outros em brincadeiras, agora chamadas “tradicionais”. Os Tempos mudaram tanto!... Ainda bem que assim sucedeu!

Tudo mudou. Para melhor, para pior? O futuro o dirá!

Eu, por mim, acredito e espero uma geração que já não verei, mas que será melhor do que todas as passadas, porque será capaz de, finalmente, construir a Paz de forma duradoira, fazendo reinar o Amor entre todos os homens!

Sem comentários: