As pessoas não sabem o que querem ou antes querem «o Sol na eira e a chuva no nabal!» E, se assim não sucede, fazem birras, quais crianças em loja de brinquedos quando os pais lhes não dão o que desejam.
Porém, o pior deste panorama é que gente com responsabilidade, lamentavelmente, procede de igual modo. São os que por faltam de verbas esperneiam; os que por perderem a base de apoio abrem as válvulas de uma verborreia inconsistente; os que, julgando-se ofendidos, se põem a ameaçar com processos judiciais e são, finalmente, os que, por ninguém lhes ligar nenhuma, viram tamborileiros de rua fazendo um barulho de mil diabos para que escutem as suas aleivosias.
Nada disto me surpreende, pois, pouco a pouco, fui-me habituando ao constante virar de página em cada dia que passa. Todavia preocupo-me, seriamente, porque sinto que em vez de progredirmos, como seria normal, estamos a regredir e, a continuarem as coisas neste pé, corremos o risco da destruição do sonho dos capitães de Abril.
Se não fosse ter consciência do que dizem as profecias, estaria, por certo, a entrar em pânico e a arrancar todos os cabelos da cabeça. Mas não! Vamos ter de sofrer e muito, para, depois, podermos gozar (eu já não!) as delícias, conseguidas pela mediação de «um descendente filipino, do ocidente da Ibéria, que mudará o mundo para melhor, alcançando a paz.» ( Nostradamus)
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