terça-feira, março 29, 2011

Políticos e Economistas

Nos dias que correm, tomemos disso consciência, a má da fita, ou seja, a culpada das crises que assolam o mundo, não é, totalmente, a política, mas, de forma muito assinalável, a economia que provoca e desenvolve o falhanço dos políticos, na maioria dos casos, mal acessorados, pelos economistas.

Quando fui “gestor industrial” de uma cooperativa de pessoas com deficiência, era apoiado, nessa terrível tarefa, por um competentíssimo economista que dizia: «Lembra-te que a economia só lida com números a valer dinheiro, o coração não é contabilizável, mas, humanamente, entra nos resultados

Pois é, para os economistas, muito especialmente os que lideram na banca, o que conta é (só) o lucro. Daí surgir, descaradamente, a especulação, a ganância e todo um rol de males que lhe são inerentes.

A crise que vivemos por todo o lado, não é uma questão política, é, sim, económica, porque é o somatório de “mil” especulações perpetradas por economistas vazios de escrúpulos e com vistas em que as pupilas só reflectem $ e €.

Quando é que as universidades constroem economistas que tenham e vejam, também, o coração dos cidadãos, com estômagos a gemer de fome e almas em carência afectiva?... Por que não se reciclam os actuais economistas sem sentimento, tornando-os economistas humanistas e humanizados?...

E nada mais digo, por agora!...

segunda-feira, março 28, 2011

Sobre "Haja Esperança"

Na mensagem anterior “Haja Esperança”, falava-se, na hipótese aventada por Jaime Cortesão, de o D. Afonso Henriques – o Conquistador e Fundador de Portugal – ser filho de Egas Moniz, por o ter substituído ao verdadeiro Afonso Henriques que, sabe-se agora, nasceu em Viseu, o qual acabou por morrer vítima de raquitismo, provavelmente fruto das sequelas de uma grave paralisia cerebral.

A este propósito, o meu leitor Sr. Castanho enviou-me um e-mail em que concordava com tal teoria. Assim sendo, por que não se finda com o mistério e se abrem os túmulos de Afonso Henriques e Egas Moniz e se recolhe, das ossadas, amostras para análise comparativa de A.D.N. (D.N:A.)? Quem tem medo dos resultados, para impedir tal recolha? E mais, que importância tem o nosso primeiro Rei, ser (dito) filho do Conde D. Henrique – um francês – e de D. Teresa – uma fidalga espanhola – ou de um nobre, destemido e corajoso cavaleiro português de quatro costados?...

Eu não sei responder a esta última questão, mas, parece, que a coisa não é assim tão simples, ou tão linear, pois essa abertura tumular já, (pelo menos) por uma vez, esteve programada e pronta a ser efectuada, tendo sido “proibida” e, naturalmente, suspensa no derradeiro instante.

E… o mistério continua. Por quanto tempo mais?...

sexta-feira, março 25, 2011

Haja Esperança!...

Portugal é historicamente muito rico. Porque, desde que (1140) nasceu, pela mão de um filho ilustre de Salzedas – Tarouca – que chamaram de Afonso Henriques, sempre viveu em crises, políticas umas e económicas outras, mas sempre, de um modo ou de outro, conseguiu superá-las com sacrifício e muita galhardia, embora, algumas vezes, tivesse de “lamber as feridas” por longo tempo.

Esse ilustre filho de Egas Moniz – segundo Jaime Cortesão – substituto do verdadeiro Afonso Henriques, que faleceu de raquitismo, cremo-lo, por sequela de um qualquer tipo de paralisia cerebral, conseguiu fabricar Portugal, mas não foi capaz (ninguém é) de lhe construir um futuro eternamente sem escolhos.

O que vivemos agora, já foi vivido e superado por nossos antepassados, no decorrer de quase 900 anos de História, com muitas “estórias” de amargura, de luta, e, também, algumas vezes, de grande alegria.

Não temamos! Ergamos a cabeça e sigamos em frente, preparados para sofrer, lutar e conquistar um bom lugar no cômputo geral das nações! Rilhem-se os dentes, pois o que substituirá – por vontade dum povo sem memória – o que se demitiu, será, tenham consciência disso, muito, mas muito pior!...

Com sofrimento atroz e prolongado, sairemos da crise para legar, aos vindouros, um Portugal melhor, porque digno de quem, no século XII, o fundou indo, à espadeirada, por aí abaixo até parar no Oceano imenso e belo.

Sejamos realistas, mas, profunda e perenemente, optimistas!...

quarta-feira, março 23, 2011

Burrice ao cubo

Anda a circular, por aí, um texto que procura santificar o líder líbio, dizendo que o seu país é dos únicos que não tem dívidas.

Que pobreza de argumentação!...

Isso fez-me lembrar a miserável doutrina dos correligionários salazaristas, ao dizerem que os cofres do Estado abarrotavam de ouro.

Que tristeza de pensamento! Então e os homens, as mulheres e as crianças a contorcerem-se com fome, injustiça e ignorância (o analfabetismo imperava numa percentagem perturbadora) não deviam ser a prioridade primeira, em vez do vil metal reluzente?

Em vez de ouro, por que não se tratou de desenvolver o país dotando-o de uma Indústria, uma Agricultura, e um Turismo eficientes, com pessoas tecnicamente instruídas, produtivas e de ideias capazes de manter o seu país avançado no contexto das nações?

Foi como os velhos avarentos com uma fortuna escondida no colchão, mas que, durante a vida, nada fizeram de bom para si e, muito menos, para os outros.

Que grandeza de alma têm essas (míseras) pessoas?...

Como é triste ainda haver gente, tão burra ou mal-intencionada, que divulga, com alarde, coisas assim desgraçadas! Será que a sua burrice não dá para mais?

Oh! Que mundo este em que vivemos?!...

domingo, março 20, 2011

21 de Março - Dia Mundial da Poesia

Poesia (in)coerente?

Calai! Calai Virtudes desta vida, | Permiti-nos, assim, fazer asneiras! | Porque a bíblica “Terra Pro-metida” | Também criava amargas trovisqueiras.

Ser poeta não é ser, de todo, puro, | É ser bem verdadeiro e mui feliz, | Mesmo errando num sonho e pondo escuro | Luz que, por convenção, é de raiz.

Se «Homero também dorme» e é louvado, | Por que não o será um outro Poeta? | Todos nós somos feitos de pecado | E, por tal, transgredimos nossa meta.

Calai! Calai “Exemplos” deste Mundo, | Pois sois – Ó Musas! – corte bem profundo, | A sangrar sem deixar de ser Poesia | P’ra viver e cantar em cada dia!...

sexta-feira, março 18, 2011

A GRANDE APRENDIZAGEM

As confusões, os mal-entendidos e as más-intenções sempre existiram, mas, por falta de meios de comunicação imediata, não eram, como agora, conhecidos e, por isso, se julgava o mundo melhor do que, na realidade, era. As coisas, só tardiamente ou nunca, eram sabidas.

A ignorância dos factos é uma faca de dois gumes: num dá felicidade o desconhecer os maus acontecimentos; no outro retira aprendizagem do que é bom e deve ser seguido e ampliado para bem próprio e dos outros.

A tragédia do Japão, por exemplo, se tivesse sucedido há dois séculos, teria sido conhecida, no Ocidente, tão tardiamente que bem poucos se iriam importar.

- “Foi lá tão longe… que temos nós a ver com isso?!»

É que o conhecimento atempado dos fenómenos quotidianos incentiva sentimentos de solidariedade humana e leva à preocupação por aquilo que afecta e dói no nosso irmão humano, seja ele quem for e esteja onde estiver. E isto é bom, muito bom mesmo. Isto sublima-nos, torna-nos melhores e aproxima-nos de Deus – se seguirmos uma qualquer crença religiosa.

É com os erros ou os mal-sucedidos dos outros que devemos aprender e arranjar coragem para corrigirmos as nossas falhas.

Ou não será?

quarta-feira, março 16, 2011

Hipocrisia Internacional

«O Povo unido jamais será vencido!» – Grita-se muitas vezes em “manifestações” de vária ordem. É mentira! Repito, a plenos pulmões, com total convicção: É MENTIRA!!!

A união popular só é válida se as Forças Armadas, também, estiverem, ou se puserem, (em maioria) do seu lado, como sucedeu, em Portugal, em 25 de Abril de 1974. De contrário, nada feito… é o fracasso.

É o que está a acontecer na Líbia. O déspota – na sua loucura e ganância de Poder –, porque as Forças Armadas, só numa pequeníssima minoria estão com o povo, está a rir-se da vontade popular e a esmagar, impiedosamente, quem se lhe opõe.

Isto dói, dói muito mesmo, mas, desgraçadamente, é uma realidade tão palpável que se lhe não fugir. Quem tem as armas e as estratégias bélicas é que vence. Não é com pedras e estadulhos – esse tempo já lá vai há muito – que se ganham as batalhas dos nossos dias.

Embora seja, por temperamento, pacifista Não deixo de me indignar, perante um mundo que vê, impávido e sereno, todos os dias bombardeamentos pela aviação, contra gente inocente que, na Líbia, morre injustamente, só porque luta pelo seu natural direito a Ser e a Viver em liberdade e paz.

É a hipocrisia das Instituições e/ou Organizações Internacionais que, tal como os especuladores da banca, só pensam nos seus proventos, neste caso o petróleo, e os outros… que se lixem!...

E não digo mais…

segunda-feira, março 14, 2011

O Apocalipse

Será que as “profecias” de Jesus, do Apocalipse (Revelação), de Nostradamus e outras posteriores estão a começar a cumprir-se?...

As reticências, neste caso, têm como objectivo adensar a dúvida, reforçando o efeito secundário da questão. Quanto à resposta, ela depende muito (tudo) do grau de credibilidade, para estas coisas, do interrogante. Para um Espírita, uma Testemunha de Jeová, um qualquer Esotérico e outros a resposta é Sim! No entanto, mesmo sendo do signo de Aquário, para mim a resposta é, simplesmente: Não sei!

E “não sei”, porque – embora o enunciado das profecias esteja a acontecer, (terramotos, maremotos, inundações, terrorismo, guerras disseminadas, desentendimentos políticos, etc.) – há, entretanto, nos Evangelhos, uma frase de Jesus que afirma que ninguém conhece quando esses acontecimentos se concretizarão, pois «só o Pai o sabe».

Todavia, atendendo à advertência do próprio Cristo que disse para “estarmos vigilantes e preparados”, tudo pode suceder.

O melhor, portanto, é mantermo-nos bem despertos e preparados para quanto puder vir a ocorrer, seja muito em breve ou seja daqui a muitos séculos ou milénios. E, neste caso, a melhor preparação é substituirmos a inveja, o ódio, o despotismo, a violência por uma nova e importantíssima energia: O Amor!

Amor que tem de vir de dentro de cada um de nós com sinceridade e, sobretudo, com autenticidade.

Está dito. Quem tiver ouvidos, entenda!...

quinta-feira, março 10, 2011

«All you need is love»

Os Beetles, apesar de já terem passado mais de 40 anos, continuam actualizados. Pois «o que é preciso é amor

Mas, infelizmente, essa virtude (sentimento) não existe no coração e na alma dos ditadores, por mais que digam ou façam para demonstrar a sua “boa intenção”. E nem “ com lágrimas de crocodilo” conseguem convencer-nos.

Mesmo após a sua queda, por vontade do povo ou dos militares, a sua influência será notada e causará um incongruente sentimento de “saudosismo” nos seus correligionários que perderam os privilégios que usufruíam.

Em Portugal, depois do 25 de Abril, também foi assim e, ainda hoje, há quem, saudosa e estupidamente, evoque, com encómios, o ditador de Santa Comba Dão, dificultando, de algum modo, o evoluir da Sociedade e o avanço económico/civilizacional do País.

Depois da queda de qualquer regime, é sempre difícil construir uma nova forma de governação, uma vez que a mudança não é – se não pela força – imediata. Primeiro há que criar novos padrões mentais e só depois será possível erigir a nova fórmula para se Ser e Estar. Isso, às vezes, leva mais de duas ou três gerações.

Claro – digo eu – que se houver Amor a transformação vivencial das pessoas e das nações será mais célere e resultará positiva.

– «O que é preciso é amor!»

segunda-feira, março 07, 2011

Dia da Mulher

Tira máscara. Bota máscara. Põe peruca. Tira peruca. Este ano as senhoras tiveram azar. O seu Dia de luta e reivindicação calha mal, porque, por questões de Lua, deu em ser Dia de Entrudo.

Mas isso, apesar dos folguedos, não deve, de modo nenhum, ser motivo de desistência. Há sim, é que, usando a circunstância, saber utilizar o humor e dizer o que tem de ser dito. È só puxar um pouco pela imaginação e, com inteligência, travar a batalha que tem (ainda) de ser desenvolvida.

E isto porque, por esse Mundo fora, existem mulheres mal-amadas, exploradas (diga-se, escravizadas), maltratadas, violadas, com fome e sem quaisquer Direitos.

È preciso, è urgente que as mulheres gritem, por si e pelas outras, os seus sofrimentos e dores, para que a sua voz se ouça num clangor interminável e mexa nas consciências dos lideres, políticos e religiosos, para que o panorama se modifique rapidamente.

E – afirme-se corajosamente e sem rodeios – é importante e fundamental que os homens se deixem de “machismos”, bolorentos e indignos, e, em uníssono com elas, levantem suas vozes e punhos cerradas numa mesma causa em prole da dignificação da condição feminina.

Estamos todos no mesmo bote. Elas são as mães de nossos filhos e são o esteio da Sociedade. São elas que amenizam as dores de uma Humanidade sofrida e agastada consigo própria.

O brado aqui fica para que alguém o escute!...

sexta-feira, março 04, 2011

Curta, muito curta, mas verdadeira...

Querem que seja ordenado ao ditador Kadafi um mandato de captura, para que seja julgado por crimes contra a humanidade. Ele responde desde já com bombardeamentos severos contra as cidades tomadas pelos seus opositores. Quem paga são os civis que durante 40 anos sofrem a prepotência de um louco, sem sentimentos e, se calhar, sem… alma de gente.

E a pergunta, perante a conjuntura, continua a mesma de há semanas: O que está para acontecer, naquela parte do Mundo, e quais as consequências?

Boas não são, de certeza. Estamos à beira do “armagedão”, falado no Apocalipse?...

É para reflectir, com sérias preocupações!...

quarta-feira, março 02, 2011

E se...

E se não houvesse poluição; desastres; sofrimento; fome; nudez; ignorância; desemprego; injustiça; política incompetente; religião fanática porque dogmática; inveja e maldade o Mundo seria melhor e os homens seriam felizes?

Não sei! Se tudo fossem rosas, bondade e paz creio que, por absoluta falta de comparação, não saberíamos apreciar esse paraíso e, provavelmente, cairíamos num tédio de morte e, então, não evoluiríamos cientifica e psicologicamente, tombando, morbidamente, numa apatia que – penso eu – estagnaria o progresso, fazendo com que a Vida, sem motivações, não tivesse qualquer sentido para Ser e Existir.

Jesus de Nazaré sabia bem disso ao afirmar, com verdade e sem rebuço: «Eu não vim trazer a paz, por mim estará pai contra filho…!»

Pois é! Cristo veio trazer a diferença entre os homens em sua forma de agir e, sobretudo, pensar. Veio ensinar a termos as nossas próprias ideias e a não sermos carneiros obedientes, incondicionalmente, à voz dum pastor impositor de princípios. Veio dizer-nos para sermos nós mesmos, ouvindo os outros, mas tendo ideias e pensamentos próprios, sem nos sujeitarmos a dogmas e a tabus. Mesmo que os maiorais não gostem, por mor da sua tacanhez de espírito e/ou despotismo ditatorial, quando quisermos fazer o bem, temos de estar – como Ele disse – «filho contra pai

- Abaixo o carneirismo rotineiro e retrógrado!