segunda-feira, maio 31, 2010

Tabaco -causa de morte

Ela acendeu um cigarro e fumou-o com lentidão e volúpia, quase num êxtase místico de quem procura a sublimidade da vida e do mundo. Olhei-a atentamente e disse cá para os meus botões: - Pobezinha, usas o tabaco como válvula de escape às tuas ansiedades, dúvidas, angústias e para te afirmares como pessoa "evoluída" que queres mostrar.
Hoje em dia, são as mulheres quem mais fuma. Esta "La Palissada" é um chavão, mas é -diga-se sem rodeios - um terrível mal social. Elas (e Eles) sabem o quanto é prejudicial à saúde, o consumo do tabaco, mas - eu não entendo porquê - continuam a queimar cigarro, após cigarro. É uma desesperada, embora consciente, busca ao fim da vida. É um suicídio deliberado e paulatino.
«Fumar mata.» - Dizem em, letras garrafais, os maços de cigarros portugueses. Mesmo assim, as fábricas prosseguem a produção; o Estado continua a cobrar o imposto sobre o tabaco; os vendedores a ter lucros e os fumadores a irem parar aos hospitais com cancro.
- Meu Deus, que loucura é esta?
No Dia de Luta Contra o Tabagismo, eu que nunca fumei, por isso com autoridade para o fazer, aqui lanço o meu brado: Enchei-vos de vontade e levai à falência as tabaqueiras!...

sexta-feira, maio 28, 2010

Política sem nexo

A desorientação política no Mundo é cada vez mais evidente e só não vê quem é cego ou é ingénuo: Obama anda perdido por causa do derrame do petróleo; Zapatero e Sócrates não se entendem com as contas dos seus países; as Coreias arreganham dentes uma à outra, etc.. etc., etc., um rol que, desdobrado, não terá fim.
Desde 25 de Abril de 1974, contei, de memória, 6 Presidentes da República e 12 Primeiro-Ministros e isto, não contando com a gente do Conselho da Revolução nos primeiros dias desta (nova) República. Para Portugal - país tão pequeno e de tão parcos recursos - é obra!
Analisando os factos à luz desta verdade, bem se pode questionar: somos um povo (uma nação) sem norte ou sem juízo? Se calhar, ambas as coisas.
Eu sou, verdadeiramente, burro em matéria de política, aliás como montes de pessoas, mas tenho (temos) olhos para observar e miolos para discernir o que nos toca mais de perto. Só que, na hora do voto, estupidamente, perdemos a memória e voltamos a cometer o mesmo erro.
Somos ou não somos casmurros?....

quarta-feira, maio 26, 2010

Erros vegetais da minha (nossa) Cidade

Viseu - Cidade jardim -, | plantada entre pinheirais, | cheiras a cravo e a jasmim | e por ti são os meus ais. Escrevi eu, de improviso (hum... há um ror de anos...), num exame de português, ao deitar o olho, para fora da sala de aula e ao ver o Jardim de Santo António que estava em frente.
Hoje já não cantaria assim - apesar de seus jardins floridos e bem cuidados - chamar-lhe-ia, provavelmente, Cidade do arvoredo inadequado, pelo pouco cuidado posto na escolha das espécies plantadas, nas praças e nas artérias.
E isto, porque umas vezes (Rossio) são uns monstros vegetais de tal porte que escondem (toda) a beleza arquitectónica do lugar e convidam ao ócio; outras porque as deixaram selvaticamente entregues a si mesmas a ponto de taparem a iluminação nocturna - gasta-se energia, não para dar luz à rua, mas às folhas das árvores (Avenida da Europa e outras) -; noutros casos porque os espécimes vegetais plantados, em tempo de polinização, provocam alergias sendo, por isso, impróprios para locais com presença humana.
Mas tudo tem solução, haja vontade e coragem para tal!...
E não vou mais além...

segunda-feira, maio 24, 2010

A "minha" (nossa) Cidade

A minha cidade (Viseu), como todas as outras, tem sofrido ao longo dos anos (séculos) muitas transformações boas umas, péssimas outras, mas, mesmo com as más, sempre foi avançando e, - pode dizer-se - é hoje um local agradável (ainda que - parece-me - já um pouco caro) para viver.
Um qualquer ramo de flores tem beleza e tem (por uma questão de equilíbrio estético) uma ou outra pequena fealdade. Porque o belo só se reconhece se conhecermos o feio. É a lei do confronto, da contraposição que faz a harmonia e/ou dá a possibilidade de termos conceitos de bem e de mal, de bom e de mau.
Dito isto, lamente-se e "maldiga-se" quem, sem sentido ecológico e estético (já o disse pelo menos uma vez), meteu um Estádio de Futebol dentro da cerca da Mata de Fontelo, perturbando, de forma mais que evidente. toda a paz e formosura que os séculos e a sucessão dos Bispos que lá viveram, com amor e dedicação, num labor persistente, criaram.
Porém esse erro (e alguns outros) é possível (e passível) de ser corrigido, haja, para tanto, vontade e coragem!...

domingo, maio 23, 2010

Comentários de um Anónimo

Sobre »Falar de Viseu»
Zé, o que tu sabes, também eu sei ! O que tu gostas, também eu gosto! O que tu sentes, também eu sinto! Em suma: Viseu é a cidade que todos os Viseenses devJustificar completamenteeriam conhecer, deveriam honrar, deveriam amar e deveriam propagar, não só pela sua qualidade de vida como por tudo que contém!
Sobre «... A crise...»
Zé, a desorientação vem de há séculos! foi por isso que tivemos que correr mundo e colonizar aqui, ali e além! de assaltantes e piratas passámos a colonizadores e, foi desse jeito que sempre vivemos! era da Índia, do Brasil e de África que tudo nos chegava, para alimentar marqueses e burgueses! já se adivinhava que, acabados todos os ciclos (Índia, Brasil, África) ficaríamos cingidos à Europa do trabalho produtivo e das exigências! quando fomos ajudados para aprendermos a lidar com a nova realidade, pensávamos que o dinheiro era gratuito e a fundo perdido! foi aqui que os nossos políticos e sindicalistas perderam o tino e desarvoram gastando, comendo, gozando e brincando, na perspectiva de que "já cá tenho o meu; agora, quem vier feche a porta"!
Zé, no país dos espertos, quem for burro que estude; quem parte e reparte, se não fica com a maior parte, é tolo ou não tem arte; a trabalhar, não tenho tempo para ganhar dinheiro.
Sobre «A Sujeira na (e da) politica»
Zé, generalizas nuns casos e não generalizas noutros! Parece-me bem não generalizares, porque há sempre excepções!
Agora, sobre "porcos"! Um mestre meu, um dia, disse-me: "não quero nada, com a porca da política!" Esta noção de política e, por conseguinte, de políticos é muito chata, porque de espertos, espertalhóides e espertalhufos se trata! Para tal gentalha, não deveria ser o arganel; deveria ser era a língua cortada, por serem tão mentirosos, vigaristas, vendilhões e f.da p.
Amigo(a) Anónimo(a), ainda que sem poder agradecer, personalisadamente, as tuas amáveis palavras, não deixo de o fazer deste modo. Obrigado meu (minha) "ilustre" desconhecido(a).

sexta-feira, maio 21, 2010

A sujeira na (e da) política

Os porcos, para obterem os seus petiscos predilectos, fossam a terra abrindo sulcos que põem a descoberto raízes e cogumelos subterrados. E nessa tarefa nada os sustém. Daí que alguns dos seus tratadores, como forma de travarem a destruição causada, lhes aponham, na ponta da venta, um arganelo, qual "peercing" que, ao causar dor no acto de fossar, evita a destruição.
Ao que se vê, na política actual (por todo o Mundo), também muitos dos seus agentes precisariam de um arganelo para que deixem de fossar e chafurdar no pântano moral em que estão mergulhados, mas, infelizmente, para estes, sujos e profissionais, fossadores ainda se não inventaram arganelos funcionalmente eficazes e apropriados.
Para os políticos (claro que nem todos) a moral parece que não conta, pois o que importa é, metendo o focinho em toda a porcaria, concretizar os "seus" objectivos, nem que, para tal, se destruam obras e reputações. E o pior é que há quem lhes dê crédito, caindo, estúpida e incautamente, no seu mal-intencionado ardil.
Ó Deus, que Mundo é este???!!!...

quinta-feira, maio 20, 2010

-... A crise....

«...Em casa em que não há pão todos ralham, ninguém tem razão.» - Diz um velho aforismo português, o qual eu transformo: ... e todos dão "bitates", mas ninguém tem soluções para o(s) problema(s).
Efectivamente assim é, nos tempos de crise aguda em que estamos profundamente mergulhados. Todos os partido com os seus políticos "botam bocas": todos os sindicatos e seus dirigentes se "esganiçam em lantiscas" que lembram velhos discos riscados, mas... ninguém diz algo que resolva, de uma vez por todas, aquilo que nos asfixia e pode (quase) matar.
E o mal não é de agora. Há mais de cem anos que Portugal vive desorientado e sem soluções para as suas dificuldades de cariz económico. Houve, refira-se, um periodo de 12 anos (1983/1995) de "vacas (muito) gordas" em que o dinheiro da Europa corria a jorros, mas quem, então, governava não soube aproveitar a ocasião para desenvolver o país, preparando-o para o futuro, de modo a que as crises locais ou mundiais o não afectassem. Nesse período abastado encheram-se bolsos a a quem era da" cor" e que o gastou, num regabofe de autêntico e bacoco "novo riquismo".
Afinal de que nos queixamos?!...

segunda-feira, maio 17, 2010

Falar de Viseu

Pedem-me, alguns habituais amigos e leitores, para dizer mais sobre a minha Cidade de Viseu, crentes de que (talvez), pela minha idade e pelo estudo, eu seja, actualmente (entre os vivos), quem melhor conhece esta urbe em que vivo e me tornei Homem.
Confesso que fico bastante vaidoso por tal confiança em meus conhecimentos citadinos, mas devo confessar também que esse saber (ou saberes) se devem à grande amizade que me uniu aos Drs. Alexandre de Lucena e Vale, Alexandre Alves e aos populares José Alves Madeira, Álvaro Matos, Mestre José Loureiro e ao pintor António Batalha, pessoas com quem privei e com quem, gostosamente, calcorreei, em longas e estudiosas conversas, esta urbe beirã que, afinal, tanto amávamos.
Falar da minha Cidade para dizer mal, não é meu timbre, e, depois, para isso está a Internet cheia de blogues - gente que, a mais das vezes, diz mal porque não sabe fazer outra coisa e, sobretudo, porque não tem conhecimento, nem argumentos para fazer ou dizer melhor.
Quando se diz mal, seja do que for, há que ser construtivo (pedagogicamente construtivo - sublinho) para que os erros (se os há) possam vir a ser corrigidos sem maldade e sem segundas intenções.
E por cá me fico!... Viva a minha (nossa) Cidade de Viseu!!!

sábado, maio 15, 2010

Esperança - valor a salvasguardar

O Mundo vive, nestes tempos, as dores de um tremendíssimo parto em que a ciência é nulo no alívio de tão vasto sofrimento. Mas, como em todos os partos, bem sucedidos, depois será a alegria e a esperança numa vida mais aceitável, porque boa.
Para os (iso e) esotéricos, este momento mais não é do que o cumprir de milenares profecias. «... e depois serão um novo Céu e uma nova Terra, em que o diabo ficará amarrado por mil anos..
É por isso - com essa esperança e certeza - que aqueles que têm as mãos lavadas e alma liberta de pensamentos e sensações escravizantes (mesmo sofrendo como e pelos demais) vão em frente certos de que, "depois da tempestade, virá a bonança".
Agora, como no passado recente, urge cantar "canções de intervenção" que alertem e abram caminho ao tal mundo novo de que falam as profecias.
O "Armagedão", citado no Apocalipse, está à porta e não podemos alhear-nos dessa realidade. Temos sim, é que estar preparados mental e, sobretudo, espiritualmente para o enfrentar com coragem e com a alma aberta, afim de, passado esse difícil instante, sermos os homens e mulheres do "novo Céu e da nova Terra".

quarta-feira, maio 12, 2010

As crianças...

«Que mal fazem as crianças? que tara é essa de as maltratar e matar? Algo se está a passar na cabeça dos chineses?» Disse minha esposa, ao ouvir que mais um chinês havia morto 6 crianças e a respectiva professora.
E este fenómeno é tanto mais estranho e preocupante, quanto mais é tido e sabido que as culturas orientais, põem acento tónico no respeito pelos pequeninos. É de todos conhecido o facto de, num passado não muito longínquo, os erros das crianças nunca serem "corrigidos", sequer com uma "palmadinha pedagógica". Vede as imagens do Buda com crianças brincando no seu colo, no seus ombros e nos seus braços. O que, de certo modo, nos lembra a frase do Evangelho em que Cristo diz: «Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino dos Céus!» Ou, como noutro passo, «quem fizer mal a um destes pequeninos, melhor fora que atasse uma mó de moinho ao pescoço e se lançasse ao mar!»
Não sou ingénuo e sei bem que, no passado, o Ocidente tinha as crianças em muito pouca conta, mas surpreende-me que, no Oriente, esteja a acontecer o mesmo. Que fenómeno é este?!...

terça-feira, maio 11, 2010

Ao Amigo Edgar, por um comentário que se perdeu

Olá Edgar
Ainda que não esteja a par de com quem estou a falar, não posso deixar de referir o seu comentário, muito embora, por uma qualquer razão de ordem técnica que desconheço qual tenha sido, dele só tenha chegado até mim, apenas (e só) o cabeçalho com o título e o nome do remetente, já que o texto se deve ter perdido nos longos, digitais e insondáveis caminhos da Net. Afinal nada é perfeito!
Mesmo assim, é meu dever agradecer a amabilidade de estar atento ao que, as mais das vezes, seguindo o "síndrome do papel em branco" (neste caso do ecrã em branco"), vou deixando, aqui, neste meu singelo cantinho onde ouso ir dizendo o que me vai na alma ou o que vou observando na lufa-lufa do dia-a-dia.
Sem pretender abusar da sua boa-vontade, sempre me atrevo a pedir-lhe que repita o que me enviou, até que seja discordante comigo, pois é sempre bom conhecer o que nos é favorável, mas, também, o desfavorável, afim de que corrijamos, com humildade e dignidade, as nossas posições e/ou ideias..
-"Acabaram as obras... abriu-se a loja!..."

terça-feira, maio 04, 2010

«Encerrado para obras(?!....)»

Quem, atentamente, atravessa a(s) Cidade(s) apercebe-se da quantidade de estabelecimentos comerciais com o dístico em epígrafe. Há pois um número grande de lojas em obras. Só que, por via da crise económica que vivemos, a maioria mantém-se meses e até anos com a tal informação de que está "encerrado para obras" que, afinal, nunca chegam a realizar-se e para ali ficam aqueles baixos a degradar-se e a dar uma péssima imagem a quem nos visita.
Mas, apesar disso, a(s) Câmara(s) continua(m) a autorizar a construção de casas com baixos que, sabe-se, nunca terão locatários e terão de ser adaptados a apartamentos. Será que os autarcas ainda não deram conta da realidade do tempo que corre? Ou será que são tão ingénuos que não vêem que o mundo mudou? Não creio, pois penso que não são estúpidos a tal ponto! Há é, talvez, uma esperança que os não larga e que os faz acreditarem em dias melhores que, entretanto, já não virão, convençam-se disso.
Porque vão decorrer obras cá em casa (estas bem reais) a partir de hoje e até Sábado vou encerrar este meu cantinho. Pelo facto vos peço muita desculpa. São só três (ou quatro) dias, depois tudo voltará à normalidade. Beijos e abraços de grande amizade!

domingo, maio 02, 2010

Ecologia Bem a salvaguardar

Aquilo que se faz em terra, mal ou bem, ainda vamos tendo possibilidade de controlar de um modo ou de outro, pois que esse é, afinal, o nosso elemento, porém o que ocorre no mar ou no ar, aí "a coisa fia mais fino"! Os homens (diga-se: a ciência) cuida que já têm conhecimento e poder sobre tudo aquilo que empreendem e vá de, por ganância, se lançarem a realizar empreendimentos que, "se dão para o torto", depois não são capazes de dominar por forma a evitar quaisquer calamidades.
No presente estou a referir-me concretamente ao caso da Plataforma Petrolífera que explodiu e colapsou e cujo furo está a derramar crude pelo oceano, numa quantidade e extensão assustadoras e de efeitos incalculáveis para a ecologia planetária, pois que tudo será afectado não só agora, mas por tempo que ninguém sabe (pode) prever.
Não sou contra o progresso, nem contra a exploração dos recursos terrestres, de modo algum, só que tal deve ser feito com total e absoluta garantia de sucesso e segurança, para que não se corra o grave risco de violar a harmonia natural da Terra que é - vinque-se com veemência - a nossa única casa.
- «Não vá o sapateiro além da chinela!...» - Como bem disse Vasco Fernandes (Grão Vasco).

sábado, maio 01, 2010

1º de Maio

No tempo do fascismo, em Portugal, o Dia do Trabalhador era festejado de forma camuflada, já que quem celebrasse às escâncaras essa data, logo era tido como subversivo e temível adversário. Daí as represálias eram dadas como certas e sabidas e as cargas de cavalaria da G.N.R. eram mesmo de "quebrar ossos".
Alguns Padres (também os havia progressistas e do contra), sob a capa de ser Dia de S. José Operário, sempre aproveitavam para "religiosamente" celebrarem a data. Por seu turno o Povo, que não era burro, escondia-se sob a festividade ancestral, pagã e primaveril das Maias e folgava enfeitando ruas, carroças e lugares de actividade humana, com as giestas amarelas que são o prenúncio de que o Verão se aproxima, a passos de gigante.
Hoje já não é preciso recorrer a subterfúgios que velem as intenções e, por isso, o 1º de Maio - não como mera festa com fanfarras, ranchos folclóricos e zabumbas - tem de ser assinalado, como jornada de luta pelos Direitos dos trabalhadores ao emprego, ao salário justo e à liberdade de expressão.
- Viva S. José Operário! Vivam as Maias! Vivam os Trabalhadores!