sábado, maio 30, 2009

A propósito de: Ai... o Tempo!...

Olá Cristina,
Obrigado pelo comentário que me enviaste e que passo a trancrever:
«Infelizmente as recordações que tenho da minha professora primária não são de todo, as melhores.
Era má, batia todos os dias ás alunas com uma régua enorme e, tratava bem as que lhe levavam presentes.
Era boa para dar aulas agora... Hehehe!...
Bom fim de semana, meu querido amigo, e ainda bem que os seus alunos antigos o guardam com carinho no coração.»
Eu, pessoalmente, não fui dos mais queixosos em matéria de castigos corporais, embora tenha tido uma professora que tinha e usava a"menina de cinco olhos" (era uma espécie de colher, em madeira, terminada numa bolacha com cinco buraco que deixavam passar o ar e que, por isso, quando batia, nas mãos ou em qualquer outra parte do corpo, doía mesmo), todavia vi muitos colegas meus serem vítimas desses maus tratos.
Era horrível Eu sofria tanto, a ver, quanto os alvejados a levar!...
Felizmente as coisas mudaram...? Mas, agora, é o inverso. Não digo mais nada!

sexta-feira, maio 29, 2009

Ai... o Tempo!...

Dizia-me a minha professora de Francês, já há algo (bastante) tempo: «Sabes José, os meus alunos já todos têm cabelos brancos!» Achei graça à ternura e gosto com que me disse aquilo e como me beijou. Havia naquela acção da Querida Dra. Ana Emília, muito carinho e afecto, por mim e por todos os meus colegas que, ao encontrá-la na rua, nos dirigíamos a ela para a cumprimentarmos e darmos um beijinho de agradecimento e amor a quem sempre nos ensinou por vocação e por sempre ter estado profundamente preocupada com o saber e com vida dos seus (por si) muito amados alunos.
Estou a escrever isto, porque, ontem, me sucedeu algo de muito parecido, se não mesmo igual. Um casal de professores, meus alunos, ao verem-me na Rua Formosa, vieram até mim e beijaram-me, com grande afecto.
Fiquei um tanto a olhar para eles e, de mim para mim, repeti a mesma frase da Dra. Ana Emília: «... os meu alunos já todos têm cabelos brancos!...»
Quando seguimos cada qual ao seu destino, senti-me feliz, muito feliz mesmo. Não sei bem porquê, mas concluo que por ter sentido o mesmo afecto e carinho que, nós, muitos anos depois, davamos à nossa Querida professora de Francês.
Afinal a vida repete-se. Talvez de outro modo, mas, vinque-se, repete-se e, isso, faz-nos felizes. Se calhar, por sentirmos que cumprimos bem o nosso dever, marcando no areal do Tempo a nossa indelével pegada, a qual nos tornará (perdoem-me a imodéstia) um poouco imortais!...

quarta-feira, maio 27, 2009

Sinceridade

Olá Cristina,
Nos dias que correm, é mais fácil "encontrar uma agulha num palheiro" do que vogar ao sabor da sinceridade, porque a verdade, muitas vezes dói. Oh! se dói!...
Ser sincero, para mim, é a virtude que mais procuro cultivar nos canteiros do meu Jardim Encantado dos Sentimentos e das Emoções. Talvez por isso eu tenha nascido poeta - fraco, é certo, mas, ainda assim, sempre poeta - ou como, muito carinhosamente, diz o meu amigo Rogério Rebelo, no seu sotaque de português há longos anos a viver no Rio de Janeiro, "poeteiro". Ele diz isso, exactamente, talvez porque, conjuntamente com sua esposa Neide (brasileira de quatro costados) me amam e amam os meus versos que me saem carregados dessa tal coisa (bela) a que chamamos sinceridade.
A propósito do que acabo de afirmar, é meu dever, com "sinceridade", saudar todos os portugueses que, por "Terras de Vera Cruz" e por esse Mundo além, labutam e, também, lêem o que aqui vou escrevendo.
Não são "grandes" mensagens, políticamente correectas, mas são, creiam, algo cheio de sinceridade que vai brotando de mim, numa busca incessante do Amor e da Paz de que todos tanto carecemos.

segunda-feira, maio 25, 2009

Desemprego

Fala-se muito (com verdade) de desemprego e seu aumento. Ainda que não sejamos expertos em tal matéria, qualquer um, sem grande esforço, já se apercebeu, com toda a naturalidade, que o fenómeno, se tem vindo a agravar, em todo o Mundo, desde os feados da década de oitenta do século passado.
Por quê?
A resposta parece simples se dissermos que isso se deve, de certo modo, ao evoluir das novas tecnologias, mas, na realidade, a coisa é bem mais complexa. já que implica as variantes demográficas das sociedades humanas e o comportamento das nações, com governos desatentos às mudanças sociais e, por isso, deixando "correr o barco", sem tomarem as devidas precauções e proporcionando ao grande capitalismo a exploração desenfreada dos recursos naturais e humanos em seu próprio proveito.
Eles (os grandes capitalistas dos bancos, das empresas e das bolsas) estão bem, apesar de terem sofrido, também, algumas perdas. O pior é o "Zé" que geme e aperta o cinto angustiado sem saber onde ir buscar o dinheiro para "a bucha", para si e para os seus.
Soluções quem as tiver que o diga, sem receio, nem reserva, porque está em causa o bem-estar de milhões - digo: biliões - de Seres humanos. Eu entretanto, me quedo por aqui!...

sábado, maio 23, 2009

Falando de uma Exposição

Olá Amigos!
Voltei! Voltei, finalmente! Depois de uma longa espera a que a P.T. me obrigou, cá estou de novo. Perdoem-me a ausência forçada a que fui alheio, mas, neste país, os "Serviços oficiais e/ou oficializados ainda não são tão ágeis quanto deviam. E... por isso, há quem se queixe , justificadamente, de falta de produtividade...
Durante o periodo em que estive sem Net, decorreu, no átrio do Auditório Mirita Casimiro, em Viseu, uma Exposição de Artes Plásticas que tive o duplo e imenso gosto de visitar.
Digo duplo, primeiro porque se tratava de uma mostra de trabalhos de uma (muito) especial, assídua, leitora, comentarista e Amiga deste meu modesto blogue; segundo, porque os quadros expostos, desenhados - notoriamente -, ao correr da pena, revelam uma alma sensível e paciente de verdadeira Artista (este A maiúsculo justifica-se plenamente).
A Exposição da Cristina Costa Amorim (a "nossa" muito querida Pandora), pode não ter sido um êxito económico para a expositora, pois o público visiense - digo-o por experiência própria - não é expansivo e não acorre em massa (como deveria) a apreciar e a adquirir (os que para tal têm poder financeiro), com gosto e não menor prazer, o que os filhos da Terra, carinbhosamente, produzem e mostram, mas foi, creiam, (ao menos segundo o meu conceito), uma manifestação de grande beleza e Arte.
A Cristina, de uma forma carregada de ternura e mil afectos, tece, qual persistente e paciente iluminista medieval, com o bico da sua pena, maravilhas em renda que bem dignas serism de qualquer brocado real e que nos encantam e inebriam nas voltas de cada traço e de cada laçada de sonho criado e vivido, áqueles que têm o sublime privilégio de as observar e, sobretudo, entender.
A exposição revbelou-me, para além do mais, toda a feminilidade sonhadora de uma mulher que, expressando-se com tanta delicadeza e requinte, quer estar presente no mundo de nossos dias, em que tudo se enleia e desenvolve numa perpetuidade serena de vida e busca de Amor e Paz.
Paraqbéns Cristina/Amiga, por nos teres dado tanto prazer e tanta tranquilidade espiritual com a tua Arte de mulher e, digs-se, de mãe extremosa, ansiosa de alcansar, para ti e para aqueles que muito amas, um Tempo melhor, porque fraterno e, também, mais solidário.

terça-feira, maio 05, 2009

Aos meus Amigos e Leitores assíduos...

Olá Amigos, o meu muito saudar com amizade e carinho.
A vida, a cada passo, faz-nos trilhar novos rumos, tomar novas formas de estar e, naturalmente, a transitarmos de um para outro ninho. Comigo, neste instante, sucede isso mesmo, estou, também, a deixar um ninho para seguir para outro, creio, mais confortável e mais concernente com as necessidades do meu actual agregado familiar.
Mudar de poiso é alterar hábitos e rotinas, mas é, de certo modo, criar novos horizontes e encontrar novos interesses e, daí, novas dinâmicas quotidianas. há, obviamente, contratempos a superar, como por exemplo, ter de ficar, por cerca de uma semana ou um pouco mais, sem ter acesso à Internet e, por isso, não poder alimentar este blogue e receber e enviar e-mails. Contudo, sei que, não perderei leitores e, sobretudo, amigos, já que a compreensão é coisa que em vós abunda e, assim, quando retornar (espero muitríssimo breve), tenho a certeza, todos vós, meus queridos Amigos estarão, ansiosamente, à minha espera de braços abertos para aceitarem o abraço e o beijo de muita amizade que, então, vos entregarei com sinceridade e todo o amor do meu pobre e velho coração.
Até breve, muito breve!!!

sexta-feira, maio 01, 2009

Tudo muda

Há mais de cento e cinquenta anos, no dia de hoje (1.º de Maio), os operários de Filadélfia lutavam pelo Direito ao Descanso, reivindicando 8 horas de trabalho diário e não, como sucedia, de Sol a Sol o que correspondia a doze/catorze horas de actividade laboral em cada 24 horas.
Agora, em todo o Mundo, "suspira-se" ( à falta de melhor), por vários modos, pelo Direito ao Trabalho, devido ao elevado índice de desemprego que afecta, preocupante e perigosamente, todas as nações e todos os povos.
Já Camões dizia: «... mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...»
Mas - penso e pergunto eu - por quê esta volta de 180 graus na área do trabalho? Pelos avanços, demasiado rápidos, da tecnologia? Pelo aumento demográfico? Pelas más políticas dos poderosos? Pela ganância exacerbada dos banqueiros e, afinal, de todo o patronato? Ou por um pouco (ou um muito) de tudo isto?
Estas questões talvez não importem, pois o mais importante, de momento, é, sem sombra de dúvida: como solucionar o problema criando postos de trabalho, para que todos possam, efectivamente, na medida do possível, ter a garantia do "pão-nosso de cada dia" e assim serem felies?
Eu - infelizmente - não sei! Quem souber e puder que o diga e o faça!...